Bom dia. Tenho um familiar próximo que está a mostrar ter problemas de alcoolismo e sinto-me impote

7 respostas
Bom dia.
Tenho um familiar próximo que está a mostrar ter problemas de alcoolismo e sinto-me impotente sem saber como agir nesta situação e qual a melhor forma de o ajudar.

obrigada
Dra. Joana Cordeiro Dias
Psicólogo
Custóias Mts
Boa noite,

Sugeria fortemente que o motivasse a procurar ajuda. Seria importante ser visto por um/a médico/a de família ou já diretamente por psiquiatria. Posteriormente realizar psicoterapia.

Ao dispôr,
Boa sorte!
A minha colega Joana Dias já deu a resposta. Acrescento apenas que existem estruturas públicas com equipas de médicos e psicólogos que atendem gratuitamente: Os Centros de Respostas Integradas (CRI) são estruturas que substituíram os antigos CAT. São dedicadas ao tratamento, prevenção, reinserção e redução de riscos e minimização de danos das toxicodependências e alcoolismo. O CRI Porto Central tem como área de abrangência os concelhos de Amarante, Baião, Cinfães, Espinho, Oliveira de Azeméis, Marco de Canaveses, Sta. Maria da Feira, Arouca, S. João da Madeira, Vale de Cambra, Vila Nova de Gaia e Porto (freguesias de S. Nicolau, Sé, Vitória, Cedofeita, Paranhos, Ramalde e Miragaia).
 Catarina Vieira
Psicólogo
Viseu
Bom dia. O ideal é procurar ajuda o quanto antes. Pois, o consumo de álcool, atendendo à frequência com que é feito, pode ser considerada um tipo de adição. Importa perceber o que leva o seu familiar a recorrer a esse consumo, estando, na grande maior das vezes, associado à tentativa (disfuncional) de regulação emocional. Assim, importa perceber e tratar a causa. Um psicólogo e psiquiatra podem ajudar. Tudo de bom
Dra. Diamantina Moreira
Psicólogo
Canelas, Vila Nova de Gaia
Boa tarde. Nestas situações é sempre importante efetuar uma análise pormenorizada dos fatores que levam a pessoa a ter problemas com o álcool para, dessa forma, procurar a ajudar certa nas respostas que a sociedade dispõe.
Dra. Gilnéia Castro
Psicólogo
Estoril
Boa tarde, e obrigada por compartilhar algo tão delicado. É muito difícil ver alguém que amamos passar por um problema como o alcoolismo, especialmente quando sentimos que já fizemos de tudo e mesmo assim não conseguimos ajudar. A sua preocupação mostra o quanto se importa — e isso já é muito valioso.

O mais importante é lembrar que o alcoolismo é uma doença, e não uma escolha ou falta de força de vontade. A melhor forma de ajudar é com firmeza e empatia: encorajar a procura de ajuda profissional, como um médico, psicólogo ou grupos de apoio (como Alcoólicos Anónimos), e ao mesmo tempo cuidar de si, para não se desgastar emocionalmente. Muitas vezes, familiares também se beneficiam de apoio psicológico para lidar com os limites, a frustração e o medo.

Você não está sozinha — procurar orientação já é um passo certo.

Um abraço solidário, com respeito e força para este caminho.

Gilnéia Castro
Dr. Giovani Paschoal
Psicólogo
Lisboa
Bom dia. A sua preocupação é legítima e demonstra o quanto se importa com o bem-estar do seu familiar. O alcoolismo é uma condição médica crónica que afeta não só quem consome, mas toda a família, e é natural sentir-se impotente diante desta situação. Deixo-lhe algumas orientações baseadas na evidência científica e nas boas práticas clínicas:

Compreenda que o alcoolismo é uma doença, não uma falha de caráter. A abordagem deve ser sempre empática, evitando julgamentos ou críticas, pois isso pode aumentar a resistência à mudança.

Escolha um momento calmo e privado para conversar, demonstrando preocupação genuína (“Estou preocupado consigo e quero ajudar”) e ouvindo atentamente o que o seu familiar tem a dizer, sem interromper ou pressionar.

Evite discussões ou confrontos diretos sobre o consumo. Procure reforçar os aspetos positivos da mudança e incentive a procura de ajuda profissional, mostrando que a recuperação é possível e que não precisa enfrentar este desafio sozinho.

Informe-se sobre recursos de apoio: grupos como Alcoólicos Anónimos (AA), acompanhamento psicológico e médico, e grupos de apoio para familiares são fundamentais neste processo. Muitas vezes, o tratamento começa pela família, especialmente quando o próprio não reconhece o problema.

Cuide também de si. O impacto emocional sobre os familiares é significativo, pelo que é importante procurar suporte, seja em acompanhamento psicológico, seja em grupos de apoio como Famílias Anónimas, que oferecem orientação e partilha de experiências entre familiares de pessoas com dependência.

Estabeleça limites saudáveis e proteja o seu bem-estar. Intervenções familiares e terapia sistémica têm mostrado resultados positivos, promovendo mudanças no padrão de relacionamento e fortalecendo a motivação para o tratamento.

Lembre-se: o caminho pode ser longo e com recaídas, mas a recuperação é possível com apoio, paciência e persistência. Se sentir necessidade, não hesite em procurar orientação profissional especializada para si e para o seu familiar. Estou disponível para ajudar neste processo.

Se desejar, agende uma consulta para orientação mais detalhada e apoio personalizado.
Fico ao dispor.
É realmente uma situação desafiante ver alguém próximo e importante tomar decisões que o prejudicam e não conseguir mudar a situação. O ideal seria que o seu familiar obtivesse o tratamento de que necessita. Nesse sentido, é importante que partilhe com ele a sua preocupação sobre a situação difícil em que se encontra e que partilhe, sobretudo, a sua vontade em o apoiar para que recupere o bem-estar. No entanto, se esse familiar não reconhecer a existência de um problema e resistir à procura de tratamento, é importante que procure apoio para si, para perceber de que forma esta situação tem impacto em si e na sua vida e ajudar a encontrar clareza sobre o que pode e quer fazer na complexidade da situação em que se encontra. Obrigada!

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