Raquel Martinho

O que busco enquanto terapeuta é auxiliar o indivíduo, os casais e as famílias a se reconectarem com a sua natureza e a descobrirem solos férteis onde seja possível criar raízes, crescer, dar flores e frutos.

Meu interesse pela Psicologia surgiu na adolescência, quando decidi que esta seria a minha profissão. No ano de 2003, terminei a graduação, ingressei na Formação em Terapia de Família e Casal e passei num concurso público, onde atuei na área da saúde. Este trabalho mostrou-me a importância das intervenções em grupo e, por isso, busquei a Formação em Terapia Comunitária Integrativa (TCI) e o Curso Cuidando do Cuidador.
Além do serviço público, tive a chance de atuar em diversas atividades no Terceiro Setor, dentre as quais destaco o Projeto Estreitando Laços, em que atendi famílias em situação de violência contra crianças e adolescentes. Outra experiência que considero muito significativa para o meu amadurecimento profissional foi a minha posição no Comité Internacional da Cruz Vermelha, nomeadamente no Programa Saúde Mental e Violência e no Projeto Agente se Cuida. Ali pude conhecer a realidade das famílias e profissionais de saúde das comunidades afetadas pela violência e reconhecer a sua extraordinária resiliência.
A Terapia Comunitária Integrativa e o Cuidando do Cuidador são bases de apoio para trabalhar em vários contextos, desde o atendimento individual até a intervenção em comunidades. Dentre as bases teóricas da TCI figura a Pedagogia de Paulo Freire, a qual percebo como pilar fundamental para toda e qualquer relação, seja profissional ou pessoal. Aprender e ensinar são, para mim, faces da mesma moeda.
Há ainda outra linha de conhecimento que norteia minha perceção do mundo e das relações. Trata-se das Constelações Familiares Sistémicas, de Bert e Sophie Hellinger. Segundo esta abordagem, todos pertencemos a um sistema e temos direito de a ele pertencer.