Bom dia. Uma amiga minha (50+) tem muitos problemas relacionais com alguns membros da família e não

4 respostas
Bom dia. Uma amiga minha (50+) tem muitos problemas relacionais com alguns membros da família e não consegue lidar com eles, às vezes nem com a medicação para dormir (que já toma há largos anos) ela consegue pregar olho. Sente muita tristeza e mágoa, sente-se muito injustiçada e desvalorizada, e às vezes menciona que só quer desaparecer. De há 2 anos para cá começou a sentir um formigueiro na coroa na cabeça que ela descreve como mal-estar constante e duradouro, e depois de muitos diagnósticos físicos foi-lhe receitado ADT, mas sem ela nunca ter visto um psicólogo. Entretanto passou-lhe e ela deixou de tomar a medicação por causa do ganho de peso, só tomando quando precisa. Mas recentemente voltou a sentir esse formigueiro e a medicação parece não estar a ajudar. Já mencionei que ela deve ver um psicólogo mas não sei o que lhe dizer para a convencer, pois ela apenas entende que expor a vida dela não a vai ajudar a mudar a atitude da família. Como é que eu a faço entender que a ideia é dar-lhe ferramentas para ela conseguir lidar com tudo isso?
Dra. Anabela do Rosário Cruz
Psicólogo
Lourinhã
Olá,
Provavelmente a sua amiga está com uma depressão e sofre de transtorno de ansiedade.
A depressão prega-nos partidas e faz-nos pensar duma forma muito negativa que nem sempre corresponde à realidade.
Tem que explicar à sua amiga que o comportamento gera comportamento e se ela mudar o comportamento, os outros também vão mudar o comportamento.
Deverá sim procurar ajuda dum psicólogo para a ajudar a mudar a forma como pensa e aumentar a sua autoestima. Se fizer isto, mesmo que os familiares não mudem ela vai aprender a lidar com a situação e a sentir-se bem independentemente dos outros.
Beijinhos e espero ter ajudado!
Anabela do Rosário Cruz
Psicóloga Clínica e Hipnoterapeuta
Dra. Christiane Whitaker
Psicólogo
Lisboa
Olá, sim, o processo psicoterapêutico não visa "mudar a atitude da família", mas implicá-la ao seu próprio estado de sofrimento, que hoje parece já vinculado a sintomas somáticos (corporais); ou seja, o foco é ela e não "outros". Esse talvez seja um único argumento que possa lhe oferecer para que procure um psicólogo.
Profa Dra Christiane Whitaker - Lisboa
 Alves Ribeiro
Psicólogo
Setúbal
Olá!
Espero que esteja bem.
Pelo que descreve, a sua amiga necessita de apoio psicológico para poder desenvolver ferramentas para lidar com os membros da família dela.
A medicação por vezes é necessária, e ajuda bastante.
A medicação auxilia na regulação dos processos biológicos, minimizando os sintomas sentidos. A causa da ansiedade terá de ser trabalhada. A medicação não consegue solucionar esse problema, apenas alivia a sintomatologia.
Com o apoio psicológico seguramente que a sua amiga não irá mudar a atitude da família dela, mas poderá desenvolver estratégias de como lidar de forma mais assertiva, a dinâmica (cognitiva e comportamental) em relação aos seus familiares.
O apoio psicológico é eficaz para quem quer ser ajudado, para quem deseja a mudança, sendo também, parte ativa no processo.
Poderá sugerir à sua amiga que experimente algumas sessões de apoio psicológico, mesmo sem vontade, e mesmo sem acreditar no processo.
Ela só poderá afirmar que não resulta, depois de experimentar.
Não existem pílulas mágicas que resolvam os nossos problemas. A felicidade e o bem-estar emocional vêm do interior como resultado das nossas crenças, pensamentos e atitudes.
O foco da psicologia enquanto ciência é aumentar a qualidade de vida e o bem-estar emocional da pessoa.
Gostaria de referir que todos os psicólogos estão sujeitos ao Código Deontológico que impõe o sigilo e a confidencialidade.
O papel dos psicólogos não é julgar, mas sim ajudar.
Só é possível ajudar, quem quer ser ajudado.
Ao ter indicado o caminho, ao ter indicado a solução do apoio psicológico à sua amiga, você preparou o terreno e plantou as sementes…. Resta aguardar que elas germinem. É um processo que poderá demorar algum tempo, até que a sua amiga se decida.
O seu papel como amiga é meritório!
Espero ter ajudado.
Um abraço!
Dra. Gilnéia Castro
Psicólogo
Estoril
Que bom que você se preocupa tanto com sua amiga — é muito importante ela ter alguém como você por perto. Pelo que descreve, ela tem vivido uma dor emocional profunda e prolongada, que vai além do que qualquer um deveria enfrentar sozinho. É compreensível que ela sinta resistência em procurar ajuda psicológica, especialmente se acredita que o problema está nos outros, mas talvez ela possa começar a ver o psicólogo não como alguém que a vai "mudar", mas como alguém que pode ajudá-la a encontrar força, alívio e novas formas de lidar com tudo isso, sem carregar esse peso sozinha. Cuidar da saúde emocional é um ato de coragem e amor-próprio, e não uma exposição.

Se sentir que faz sentido, pode dizer algo como: “Eu sei que isso não vai mudar o comportamento da tua família, mas pode mudar como tu te sentes diante de tudo isso — e tu mereces te sentir melhor.”

Com carinho e respeito, ela pode ir abrindo espaço para essa possibilidade.

Um abraço solidário — você está fazendo a diferença só por estar ao lado dela.

Gilnéia Castro

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