O meu filho sempre teve pouca ou

7 respostas
O meu filho sempre teve pouca ou menhuma capacidade de concentracao... tem algum atraso na fala embora ja tenha 10 anos... nao se expressa bem e tem bastantesdificuldades na escola embora tenhw entrado este ano para o 5 ano sem nunca ter chumbado.... ate as suas brincadeira sao sempre muito agitadas, que tratamento devemos procurar?
Em meu entender, a primeira atitude deverá sempre ser a de recorrer a um pedopsiquiatra, porque é quem tem a qualificação para fazer um diagnóstico diferencial adequado. Este médico poderá depois montar a estratégia de tratamento aplicada a cada caso, de acordo com as suas particularidades. O mesmo comportamento pode ter causas muito diferentes, transcendendo-se o paradigma biológico psicológico ou social, inicialmente proposto e determinando procedimentos especializados em campos distintos.
Existem instrumentos de modo a diagnosticar o Deficit de Atenção e Hiperactividade. Estes Instrumentos devem ser aplicados, em consulta, por especialistas na área. Um psicoterapeuta irá com toda a certeza analisar todos os critérios apresentados de modo a aplicar uma estratégia de tratamento adequado. A Terapia Cognitiva-Comportamental tem resultados muito positivos nesta problemática. Sendo de referir que recorrer única e exclusivamente a medicação não é de todo aconselhável. Cada situação tem de ser acompanhada de forma individual de acordo todo o quadro familiar, social e psicólogico da criança.
É muito importante fazer a história do desenvolvimento da criança, perceber as suas dificuldades mas também ter em conta as suas capacidades. Em meu entender e tendo em conta o que descreve um apoio psicopedagógico é fundamental para a sua evolução académica, psicológica e emocional.
A "agitação" das crianças nem sempre é sinónimo de hiperatividade ou de um transtorno que possa estar cristalizado. Ao contrário dos adultos, as crianças utilizam muito mais a sua linguagem não verbal para demonstrar que algo não está bem com elas ou que precisão de atenção.
Dessa forma, nada melhor que procurar um Psicólogo que possa conhecer o seu filho e provavelmente fazer uma avaliação do problema que descreve assim como um despiste de outras questões que possam estar dissimuladas nos sintomas que descreve.
Espero ter ajudado.
Deve procurar um terapeuta da fala
Olá! Penso que antes de tudo deves procurar um psicólogo para a realização de um cuidadoso diagnóstico, pois será através deste resultado que o profissional poderá traçar e propor o melhor plano de tratamento.
Já ouviu falar em NEUROFEEDBACK? Esta é a minha sugestão. Faço uma pequena introdução para que possa perceber um pouco o enquadramento desta técnica que é usada, sobretudo no Canadá e nos EUA há mais de 20 anos, com êxito demonstrado, e em grande expansão em todo o mundo, nomeadamente em Portugal.

Quando falamos em funções cognitivas como é o caso da atenção e da concentração, falamos de funcionamento cerebral. Este é um processo complexo que acontece em todo o cérebro em simultâneo, ou seja, as suas áreas trabalham em conjunto para uma determinada ação. Há zonas do cérebro com maior especialização em determinada função no entanto há também conexões entre neurónios de todo o cérebro que constituem sistemas funcionais que se interconectam. Para além das tarefas de organização e gestão que o cérebro executa, este também tem uma função fulcral que é a de autorregulação, assegurando a sua integridade e estabilidade, o que suporta um melhor funcionamento cerebral.

Porém, o cérebro é vulnerável e há diversas fontes de desregulação que podem causar instabilidade neurofuncional, como por exemplo um funcionamento eletroquímico desquilibrado e que pode levar a alterações de comportamento, resultando numa variedade de problemas comportamentais, emocionais ou relacionados com o disfuncionamento de partes específicas do cérebro e que se revelam em sintomas.

Então o que é o NEUROFEEDBACK e como iniciamos o tratamento?
É uma intervenção terapêutica por neuromodelação, não invasiva e que permite o treino direto do funcionamento cerebral, com efeitos em tempo relativamente curto e que perduram ao longo do tempo, não se revertendo após o término do tratamento. A inovação que esta técnica traz em termos terapêuticos está na sua natureza intrínseca, pela qual o cérebro é “ensinado” a produzir padrões de ativação mais adaptativos em lugar de depender dos estímulos externos para corrigir as disfunções.

É claro que é fundamental primeiramente fazer-se a história clínica e recolher a sintomatologia (no caso por pedopsiquiatra/neuropsicólogo) para poderem formular-se hipóteses. O segundo passo é fazer um Eletroencefalograma quantificado (qEEG) (registo que faz um "mapeamento cerebral" e dá a conhecer as nossas ondas cerebrais, isto é, a atividade do córtex cerebral). O processamento do sinal electroencefalográfico e dos valores obtidos dá um grande conjunto de dados que são tratados por software específico e que permite, por exemplo, identificar os locais do cérebro que apresentam desvios em relação a uma amostra normativa. Com base nessa informação são identificados os locais exactos a treinar durante o tratamento por NEUROFEEDBACK.

Em cada sessão de NEUROFEEDBACK, são colocados sensores no couro cabeludo, que coincidem com os locais do cérebro específicos a treinar e que registam em tempo real a atividade cerebral (ondas cerebrais) enviando esses dados para o sistema de Neurofeedback. Com base nos protocolos elaborados a partir dos dados do qEEG, as frequências que causam alterações do funcionamento do cérebro são isoladas. O sistema do Neurofeedback ajuda o cérebro a controlar um conjunto de imagens animadas projetadas num ecrã de televisão. Enquanto vê as imagens o cérebro recebe feedback visual e auditivo. Rapidamente a pessoa aprende como regular as suas ondas cerebrais e, desse modo, controlar as imagens projectadas. Com o treino, a desregulação cerebral é regulada, levando a emergir novos comportamentos aprendidos que perduram durante muito tempo.

Há diferentes tipos de treino para diferentes áreas do cérebro que ajudam, por exemplo, a:
- aumentar a atenção, a aprendizagem, a memória, a criatividade e a intuição;
- aumentar o controlo do comportamento e das emoções;
estabilizar o humor e a melhor lidar com experiências traumáticas anteriores;
- melhorar o sono, o apetite e outras funções fisiológicas;
- diminuir a ansiedade, melhorar a depressão;
- etc.

Espero ter ajudado!

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