Desde sempre que a saúde e bem-estar fez parte do meu percurso académico. Inicialmente através do exercício físico, com o objectivo de atingir a perfeição músculo-esquelética, quer como treinador quer como atleta.
No período em que estive envolvido no treino desportivo e na competição fui também responsável pela recuperação de lesões dos meus atletas. O apelo para a reabilitação já estava presente, mas o clique surge quando a má sorte por fim me atinge. Uma última lesão que levou ao diagnóstico: “acabou a sua prática desportiva...”.
Após 8 meses de fisioterapia e, por fim, uma cirurgia, o resultado foi claramente insatisfatório. Comecei, então, a construir a minha reabilitação através do exercício físico, num longo percurso de vai e vem, até esbarrar na primeira experiência com a Osteopatia e a melhoria que tal me trouxe. Percebi imediatamente a mais valia desta parceria. Continuei a frequentar o tratamento osteopático aliado ao exercício físico, o que me levou novamente à prática desportiva regular. Hoje continuo responsável pela minha preparação enquanto atleta... amador!!
Só depois de me decidir pelo estudo da Osteopatia, conheci verdadeiramente esta terapia e as suas áreas de intervenção, que vão muito além da recuperação músculo-esquelética. Actualmente, em clínica, chegam-me pacientes de todas as idades, com todo o tipo de moléstias e patologias, para as quais a Osteopatia tem uma resposta eficaz.
“Não sei o que nos espera, mas sei o que me preocupa: é que a medicina, empolgada pela ciência, seduzida pela tecnologia e atordoada pela burocracia, apague a sua face humana e ignore a individualidade única de cada pessoa que sofre, pois embora se inventem cada vez mais modos de tratar, não se descobriu ainda a forma de aliviar o sofrimento sem empatia ou compaixão.”
João Lobo Antunes, in “Ouvir com Outros Olhos”, Gradiva, 2015
